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Adaptação na sardinha ibérica ISPA faz estudos

15-02-2021

A sardinha ibérica tem potenciais vantagens na adaptação às alterações climáticas, mas a subida da temperatura do mar pode levar a uma migração desta espécie para norte, conclui uma investigação do projeto SardiTemp, liderado pelo centro de investigação MARE, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa.
“Devido ao aumento da temperatura da água, o que se espera é que as sardinhas acelerem o metabolismo e consequentemente o consumo de oxigénio. Decidimos analisar o DNA de genes envolvidos na produção de energia para ver se encontrávamos alguma ligação”, explica Miguel Baltazar-Soares, autor principal do artigo publicado na revista Genes no início de fevereiro.
“Descobrimos que a variação, a nível molecular, encontrada entre amostras analisadas à volta da Península Ibérica é explicada por uma relação com a temperatura mínima da água do mar e do oxigénio dissolvido na mesma”, adianta o investigador. Este resultado abre a possibilidade de um mecanismo de adaptação, mas isso pode não ser suficiente para manter a sardinha ibérica em áreas de pesca no nosso território.
Baltazar-Soares sublinha que “é importante percebermos o potencial adaptativo da sardinha de modo a fazer face às alterações climáticas. Os seus stocks têm sido explorados intensivamente nas últimas décadas e, mais recentemente, têm estado abaixo do limite sustentável de captura.”
Já Gonçalo Silva, diretor do projeto SartiTemp, conclui com uma nota otimista: “Ao compreendermos melhor os mecanismos de adaptação às alterações climáticas conseguimos estar mais perto de prever os impactos que estas terão na distribuição dos recursos marinhos, e assim, contribuirmos para uma melhor gestão desses mesmos recursos”.

ISPA
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