Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Combate a cancros pediátricos Inovação em Coimbra

20-01-2021

Uma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver uma ferramenta inovadora de teranóstica (técnica que junta diagnóstico e terapêutica) dirigida às micrometástases pulmonares no osteossarcoma, um tumor ósseo muito agressivo que afeta particularmente crianças e adolescentes.
O osteossarcoma é um tipo de cancro que apresenta grande propensão para a metastização pulmonar, acreditando-se que a maioria dos doentes já tem micrometástases na altura do diagnóstico clínico, que depois progridem para metástases pulmonares, sendo esta a sua principal causa de morte, pelo facto de as terapias convencionais apresentarem uma eficácia limitada.
“É urgente um diagnóstico mais precoce e novas estratégias terapêuticas capazes de eliminar estas pequenas lesões e travar a sua progressão”, afirma Célia Gomes, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, que lidera o estudo, em parceria com Antero Abrunhosa, do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde.
O projeto, distinguindo recentemente pela Liga Portuguesa Contra o Cancro e Lions Portugal, conta agora com 250 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e foca-se numa abordagem que tira partido do conhecimento atual sobre o papel dos exossomas na formação de metástases e dos avanços nas tecnologias de imagem e de terapêutica baseadas em radionuclídeos (utilizadas na medicina nuclear) que se têm revelado bastante eficazes no tratamento de doenças oncológicas.
Ao longo dos três anos de duração do projeto, realizado em colaboração com a Unidade de Tumores do Aparelho Locomotor do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), vão ser isolados exossomas de amostras de sangue de doentes com osteossarcoma, tendo em vista uma “caraterização em larga escala do seu conteúdo molecular e identificação de uma assinatura molecular preditiva do risco de doença metastática, cada vez mais importante para o prognóstico e para uma decisão terapêutica mais adequada”, afirma a investigadora.

Voltar