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Na área do design Covilhã Cidade Criativa UNESCO

18-11-2021

A cidade da Covilhã é, oficialmente, uma das 48 cidades mundiais que acabam de receber a designação de ‘Cidade Criativa’ da UNESCO, uma distinção surge "como reconhecimento do seu compromisso em colocar a Cultura e a Criatividade no centro do desenvolvimento urbano sustentável, compartilhando conhecimento e boas práticas a nível internacional", refere a entidade, em comunicado. A rede conta atualmente com 295 cidades, de 90 países, que investem em Cultura e criatividade, artesanato e arte popular, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura e Música, para promover o desenvolvimento urbano sustentável.

“Esta candidatura resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal da Covilhã e a Universidade da Beira Interior (UBI)”, explica o diretor executivo da candidatura e docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI, Francisco Paiva, que liderou uma equipa também integrada por elementos da Faculdade de Engenharia, do Museu de Lanifícios e de várias entidades do sector empresarial.

O docente da FAL lembra que a distinção “é o reconhecimento do potencial da cidade, mas também um compromisso de todos os envolvidos para ser posto em marcha um plano de ação que promova a cultura de projeto. Fazer parte da rede UNESCO é uma honra e um privilégio muito grande, mas carece de renovação periódica de quatro em quatro anos”.

As três linhas de ação para os próximos quatro anos (2022-2025) assentam na promoção de uma cultura de projeto e a construção de um centro de Design na Covilhã, que irá permitir fazer uma transferência de conhecimento da UBI e do meio industrial, à escala global. Outra atividade será a criação de um centro cultural da Beira Interior, com o objetivo de pôr em contacto criadores de diversas áreas e todo o tipo de públicos. “Queremos também criar uma trienal de Design, que ocorrerá neste primeiro quadriénio”, refere o diretor da candidatura.

Haverá, deste modo, “uma ligação muito forte ao território, às comunidades, à história dos lanifícios e do património industrial, mas também ao património natural e rural. Ganhamos escala e podemos ir aprendendo e indo a programas e fontes de financiamento a que tradicionalmente uma cidade que vive isolada, sem estar dentro destas dinâmicas de internacionalização, não tem acesso”, reforça Francisco Paiva.

Quanto às vantagens financeiras da distinção, a UNESCO não atribui nenhuma verba direta. “O que há é uma majoração em concursos, pelo facto de a cidade ser Cidade Criativa, tanto a cidade como os agentes da região parceiros. É uma espécie de certificação de qualidade. Por outro lado, há linhas de financiamento em programas nacionais e europeus exclusivamente destinados às Cidades Criativas”, esclarece o docente.

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