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Santander Universidades Tolentino Mendonça recebe prémio Universidade de Coimbra

03-03-2021

O cardeal, poeta, ensaísta e teólogo português, José Tolentino de Mendonça, recebeu, no passado dia 1 de março, o Prémio Universidade de Coimbra 2021, patrocinado pelo Banco Santander.
Considerado como uma das mais relevantes distinções nas áreas da ciência e da cultura, o Prémio conta este ano com uma Bolsa de Investigação Santander. O galardão foi entregue durante a sessão solene comemorativa do 731º aniversário da Universidade.

Citado pela Agência Ecclésia, o cardeal Tolentino Mendonça disse, na sessão de atribuição do prémio, feita pela internet, que o papel das universidades sai “reforçado” da pandemia.

No seu entender, “a crise pandémica vem desativar muitas modalidades de construção do real e dizer que estão ultrapassadas. Sobre o conhecimento, porém, ela vem reforçar a relevância; As sociedades do futuro terão de potenciar sempre mais a importância e a centralidade do conhecimento”.

O cardeal português falava a partir de Roma, lembrando que a “universidade está colocada perante ‘o desafio epocal’ de adequar todas as suas disciplinas e saberes a partir de uma ecologia integral e de transmitir isso à comunidade”. No seu entender, “precisamos, como a pandemia o tem inequivocamente mostrado, de implementar e reforçar uma cultura da responsabilidade e do cuidado. Nesta estação dramática da história, serve-nos a objetividade dos cuidadores sensatos, que responsavelmente se dão conta da urgência de restabelecer equilíbrios mais estáveis e duradouros. E as universidades estão na primeira linha para responder à chamada”.


Citado em nota enviada pelo Santander ao Ensino Magazine, Pedro Castro e Almeida, Presidente Executivo do Santander, diz “ser com uma enorme honra que o Banco se associa à entrega do Prémio Universidade de Coimbra ao Cardeal D. José Tolentino de Mendonça, uma referência do mundo da Cultura, sempre atento aos ventos de mudança que percorrem o mundo, com especial atenção para os problemas sociais. Uma personalidade única que vai muito para além das fronteiras da religião, mas também de Portugal”. 


Amilcar falcão, citado na mesma nota, destaca o percurso do Cardeal D. Tolentino de Mendonça. “Trata-se de uma figura ímpar, uma pessoa da cultura, com uma visão social inclusiva, que tocou muito diretamente ao júri, que o nomeou por unanimidade. Não obstante termos diversos candidatos de grande valia, o Cardeal D. Tolentino de Mendonça destacou-se dos demais pela figura inquestionável que é no plano nacional e internacional”.

Nascido no Machico (Madeira), a 15 de dezembro de 1965, Tolentino de Mendonça é Doutor em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa. Padre desde 1990 e Arquivista e Bibliotecário da Santa Sé desde 2018, foi nomeado Cardeal pelo Papa Francisco em outubro de 2019. A uma vasta carreira académica, o laureado com o Prémio UC junta uma riquíssima obra cultural e literária.
Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (2001) e da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2015), Tolentino de Mendonça foi em 2020 presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, com uma marcante intervenção, entretanto publicada no livro “O que é amar um País”, sobre como a pandemia de Covid-19 nos “obriga, como comunidade, a refletir sobre a situação dos idosos” e “implica robustecer o pacto intergeracional”.

Instituído em 2004, contando com o patrocínio do Santander Universidades e o apoio do Global Media Group, o Prémio UC – no valor de 25 mil euros – distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência.

Este ano, pela primeira vez, o Prémio – embora mantendo o valor pecuniário de 25 mil euros – é dividido em duas partes, com 10 mil euros a serem atribuídos ao vencedor e 15 mil euros destinados a uma Bolsa de Investigação Santander, numa área determinada pelo vencedor. “Tratando-se de quem se trata, acreditamos que será, certamente, de uma área de inclusividade, de resposta às necessidades da sociedade num ano tão difícil como o que estamos a viver e em que a Humanidade, que é o tema da XXIII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, fica muito bem representada com um premiado desta qualidade”, explica Amílcar Falcão.

O júri do Prémio é presidido pelo Reitor da UC e tem como vice-presidentes Inês Oom de Sousa (administradora do Banco Santander) e Domingos de Andrade (administrador da Global Media e diretor-geral editorial de DN, JN e TSF). Nesta edição participaram como vogais Sofia de Menezes Frère (Diretora do Santander Universidades), Inês Cardoso (Diretora do Jornal de Notícias), Luís Neves (Vice-Reitor da UC e professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC), Pedro Costa Gonçalves (professor da Faculdade de Direito da UC e membro do Conselho Geral da UC), Matilde Lavouras (professora da Faculdade de Direito da UC e membro do Conselho de Gestão da UC) e Jorge Castilho (presidente da Associação de Antigos Estudantes da UC).

Universidade de Coimbra/Paulo Amaral
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