Foi nos dias 2 e 3 de julho e 5 e 6 de agosto, primeiro no Grande Auditório da Gulbenkian, em Lisboa, e depois no CriArte, espaço cultural de Carcavelos / Cascais, que 8 reclusos do Estabelecimento Prisional de Linhó levaram a palco o espetáculo de dança A Minha História Não É Igual à Tua. Foi o culminar de um trabalho que se iniciou em 2019 e que só a pandemia impediu que estivesse concluído em 2021.
Durante três anos, duas vezes por semana, os jovens, dentro das instalações da prisão, aprenderam a encontrar a dança dentro de si, refletiram sobre as suas vidas e o seu futuro e com o trabalho de vários professores de dança, com especial destaque para as coreógrafas Catarina Câmera e Olga Roriz, responsável pelo espetáculo final. Assim, simples reclusos, se iniciaram como bailarinos, à frente de mais de 2000 espetadores, no conjunto de quatro sessões em dois palcos distintos.
Um importante trabalho de inclusão social que resultou de uma parceria entre a Companhia Olga Roriz, o Estabelecimento Prisional de Linhó e a Fundação Calouste Gulbenkian, que financiou o projeto. Os ensaios e os espetáculos contaram com a presença de fotógrafos da Escola Informal de Fotografia.