Ana Miguel Silva, ex-aluna do Instituto Politécnico de Viana do Castelo tornou as dificuldades criadas pela pandemia numa oportunidade e, inspirada pela mãe e pela avó, abriu uma empresa de tapeçarias decorativas para parede em Vila Nova de Famalicão, onde vive.

Licenciada em Design do Produto pela Escola Superior de Tecnologias e Gestão e mestre em Design Integrado desde finais de 2019, experimentou casualmente a técnica de tufting, e como a experiência se revelou frutífera, o negócio foi o passo seguinte. Adquiriu uma máquina e testou com tecidos que tinha em casa, pois os tecidos adequados demoraram a chegar. Quando chegaram, já estava apta a produzir tapetes.

"Com a ajuda de vídeos no Youtube e em contatos com artistas que já trabalham com esta técnica no estrangeiro fui percebendo qual o melhor material a usar", refere. Depois chegaram desafios de familiares e amigos. "Como gostava muito de transformar a tapeçaria em obra de arte para colocar na parede tive dois amigos que me deram liberdade total para fazer peças para eles", recorda Ana Miguel, que criou a empresa AMiguel no início deste ano.

Os tapetes de decoração personalizados, a gosto de cada cliente, já chegam a países como a Alemanha, a Bélgica ou a França. "Ainda são pequenas encomendas, mas também não tenho capacidades para produzir mais. Neste momento, sou só eu a produzir e tenho a ajuda da minha mãe", destaca a jovem, confidenciando que "cada tapete é uma nova experiência".