Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Ministro Manuel Heitor lança o desafio ao IPCB Centro de investigação na Quinta da Agrária

05-08-2021

Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, desafiou, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a criar na Quinta de Senhora de Mércoles da Escola Superior Agrária, um centro de inovação e experimentação onde se possam juntar as áreas tradicionais com outras como as tecnologias, saúde ou nutrição.
O governante falava numa reunião que juntou responsáveis do Politécnico, autarcas e representantes de associações empresariais, e após ouvir os diferentes intervenientes.
Em resposta à questão colocada pelo Ensino Magazine sobre este desafio, Manuel Heitor disse que “ficou bem claro nesta reunião o desafio que alguns autarcas trouxeram no domínio do agroindustrial. É um setor que está em grande mudança. Uma das maiores quintas associadas a escolas superiores agrárias está em Castelo Branco. E estas quintas têm que ser, no futuro, centros de experimentação e inovação”.
Manuel Heitor adianta que este caminho “só se faz, por um lado com os atores económicos, empresas e com a administração pública na área agrícola, por outro trazendo novos conhecimentos. Nós sabemos que hoje o conhecimento que existe nas escolas agrárias não chega. É preciso trazer mais ciência, mais tecnologia, mais relações sociais, e sobretudo valorizar socialmente e economicamente o setor agroalimentar. E a reestruturação do IPCB vai nesse sentido, trazendo para o cerne das áreas agroalimentares, as ciências e as tecnologias. Hoje não se produz sem se aumentar a produtividade dos solos e reduzindo os consumos da água e energia. E isto só se faz com mais ciência e tecnologia”.
António Fernandes, presidente do IPCB, considera que “esse é um desafio que temos desde sempre. O ministério da Agricultura deixou de ter esses espaços, pelo que desejamos que a quinta possa ser utilizada nesse sentido”. Na mesma reunião, o Ministro defendeu instituições de ensino superior sem muros, abertas, permeáveis, de proximidade com os territórios (pessoas, autarquias e empresas) e que possam dar resposta às necessidades das regiões, das empresas e das pessoas.
“O ensino superior politécnico deve estar disperso em todo o território, sendo que muitas dessas formações devem ser feitas nas empresas e/ou com as empresas. Esta abertura é o grande desafio no Plano de Recuperação e Resiliência”, explicou.
Por isso, falou também da necessidade de, para além de ter mais jovens a frequentar o ensino superior, fazer com que os adultos possam ingressar no ensino superior, através de cursos de curta duração ou de pós-graduação (alguns até podem e devem ser desenvolvidos em parceria com o tecido empresarial), creditados, que lhes permitam depois prosseguir estudos.
Neste sentido, destacou “a malha do ensino politécnico e a oferta formativa que já existe em 122 concelhos do país”, num número que crescerá para “os 134 no próximo ano”. A internacionalização foi outro dos aspetos focados pelo governante.
Na sua perspetiva “importa dar aos jovens estudantes a possibilidade de estarem em redes europeias. 10% dos alunos do ensino superior já tiveram uma experiência Erasmus, mas no próximo Quadro Comunitário de Apoio queremos triplicar esse número”.

Voltar