Uma investigação da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra concluiu que a beldroega-do-mar, pode ser considerada uma "boa fonte de fibra, de proteína e de lipídios" e pode substituir o sal.
O estudo demonstrou, segundo nota enviada à nossa redação, que em termos nutricionais a beldroega-do-mar é um ingrediente alimentar emergente.
As conclusões do estudo constam no artigo "Sea Purslane as an Emerging Food Crop: Nutritional and Biological Studies", recentemente publicado pela editora Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI) e acessível em https://www.mdpi.com/1244720.
A investigação teve como foco "determinar o perfil mineral, nutricional e a atividade biológica de uma halófita, a beldroega-do-mar", diz a mesma nota
A equipa de investigadoras é constituída por Aida Moreira da Silva, Maria João Barroca, Arona Pires, Sandrine Ressurreição e Sílvia Agreira.
Colhido nas marinhas de sal da Figueira da Foz, este ingrediente apresenta uma alta concentração de minerais naturais: o sódio, o potássio, o cálcio, o magnésio, o cobre e o fósforo.
"Quanto ao manganês, embora tenha sido detetada uma baixa concentração deste mineral, a equipa apurou que a ingestão de 100 gramas de folhas frescas fornece 74% da dose diária recomendada para adultos", refere a mesma nota, que acrescenta: “o extrato de folhas da beldroega-do-mar apresentou também alto teor de compostos fenólicos e maior teor em flavonóides, quando comparado a outras halófitas como a Ipomoea pes-caprae, conhecido popularmente como salsa-da-praia ou pé-de-cabra".
Foi ainda identificada uma "atividade antioxidante superior a extratos de outras espécies halófitas, do género Suaeda".